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História

Cronologia


- Na Idade do Ferro, começa a ser edificada e habitada a “Cidade Velha” ou Citânia de Santa Luzia.

- A 18 de Junho de 1258, D. Afonso III outorga o Foral a Viana da Foz do Lima, adivinhando no documento a vocação marítima da terra e das suas gentes.

- Em 1374, é concluída a muralha da Vila, na altura com quatro portas: Porta de S. Pedro, Porta da Ribeira, Porta do Postigo e Porta de Santiago. No século XVI, foi aberta a Porta da Vitória.

- Em 1502, para defesa em relação à pirataria, foi construída uma fortificação na barra denominada Torre da Roqueta.

- Por volta de 1508, o navegador vianês Diogo Álvares (Caramuru) naufraga na Bahia e torna-se num dos primeiros povoadores brancos do Brasil.

- A 1 de Junho de 1512, D. Manuel concede Foral Novo a Viana por a considerar importante pólo de comércio marítimo.

- Em 1563, D. Sebastião classifica Viana como «Vila Notável», dizendo-a uma das mais nobres e de maior rendimento do reino.

- Durante a expansão marítima, o porto de Viana era o terceiro mais movimentado do país, chegando a ter no mar setenta naus e caravelas, percorrendo os Oceanos do mundo comerciando e descobrindo novas terras e culturas.

- No século XVI, fruto das riquezas das descobertas, começam a proliferar, dentro e fora das muralhas, moradias de fidalgos e burgueses ligados ao comércio marítimo e a generalidade dos conventos urbanos.

- No século XVII, o comércio marítimo é afectado pela ocupação castelhana, pela guerra da restauração, pela crise climática, pelo assoreamento progressivo da barra e o avanço das dunas litorais, tendo-se verificado uma diminuição do ritmo de expansão.

- Em 1772, a Romaria da Senhora d’Agonia estende-se por três dias. O seu programa inclui feiras francas e fogos de artifício, além do solene programa religioso.

- A 20 de Janeiro de 1848, a vila de Viana é elevada a cidade pela rainha D. Maria II denominando-a Viana do Castelo.

- Em 1877, começa a construção da ponte metálica, projectada pela casa Eiffel, e os melhoramentos nas infra-estruturas portuárias. Da antiga ponte de madeira restam apenas duas colunas de granito.

- A 30 de Junho de 1878, chega o caminho-de-ferro à cidade sendo inaugurada a estação e a nova ponte rodo-ferroviária.

- A partir de 1878, a cidade conhece uma fase de crescimento populacional e de empreendimentos no domínio das obras públicas, como a rede de estradas e o jardim público.

- Em 1917, depois de intensa contestação, devido às muitas casas que foram demolidas, abre a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra ligando a estação ao porto de mar.

- Nos anos 30, alguns etnógrafos, como Cláudio Basto, Abel Viana ou o Tenente Coronel Afonso do Paço, escrevem sobre o traje à vianesa e sobre as danças e cantares da nossa região, textos que irão ajudar os numerosos grupos folclóricos que começam a surgir.

- Em 25 de Dezembro de 1943 é concluído o Templo-Monumento do Sagrado Coração de Jesus, em Santa Luzia.

- A 4 de Junho de 1944, são inaugurados os Estaleiros Navais, dando continuidade à tradição da construção naval e à vocação marítima da cidade.

- Em 1984, começa a funcionar em pleno o Centro Hospitalar do Alto Minho e em 1991, é inaugurada a nova ponte rodoviária sobre o rio Lima.

- Em 2000, o Programa Polis começa a requalificar o espaço público da frente ribeirinha, e a valorizar o centro histórico e a ligação dos três ecossistemas naturais da cidade (a montanha, o rio e o mar).

- Em 2008, o município comemora 750 anos.



Símbolos religiosos da cidade de Viana do Castelo

Como que a confirmar a devoção sentida pelos Vianenses através dos tempos, encontramos por Viana do Castelo muitos marcos religiosos, que para além do seu valor arquitectónico, contam também parte da história desta cidade.


Templo de Santa Luzia (Séc. XX)

O templo do Sagrado Coração de Jesus (mais conhecido por Templo de Santa Luzia) edificado no esporão poente da montanha de Santa Luzia, de onde domina e "abençoa" a cidade de Viana do Castelo, é sem dúvida um dos monumentos mais conhecidos e mais emblemáticos do País. É um excelente exemplo de arquitectura revivalista congregando de uma forma monumental mas harmoniosa elementos neo-romanicos, neobizantinos e neogóticos, da autoria de um dos arquitectos de maior projecção nacional e internacional na época, o Arquitecto alto-minhoto Miguel Ventura Terra (1866 - 1919), autor, por exemplo, da remodelação do Palácio de S. Bento, actual Assembleia da Republica. Embora o projecto date de 1898, a obra só foi iniciada nos primeiros anos do século XX, tendo sido o templo aberto ao culto em 22 de Agosto de 1926, já depois da morte do seu autor, sendo apenas concluído em 1943, quase meia década depois.




Igreja Matriz (Séc. XV)

A Igreja da Matriz/Sé de Viana, embora apresente uma estrutura maciça bem ao gosto da arquitectura românica, é sem dúvida uma obra influenciada pela estética gótica, tendo a sua construção sido iniciada nos alvores do século XV. O portal apresenta um arco ogivado recortado por três arquivoltas profusamente decoradas, que são suportadas por seis esculturas que representam outros tantos apóstolos (S. Pedro, S. Paulo, S. João, S. Bartolomeu S. Tiago e Santo André). Este portal, tanto a nível estrutural como temático, denota certas afinidades com os portais galegos, nomeadamente com o da igreja de S. Martin de Noya.



Igreja de São Domingos (Séc. XVI)

A Igreja de S. Domingos, que subsiste do antigo convento de Santa Cruz fundado pelo Dominicano D. Frei Bartolomeu dos Mártires, o Arcebispo Santo, recentemente beatificado pelo Papa João Paulo II, célebre pela sua participação no Concílio de Trento, é um templo quinhentista, edificado entre 1566 e 1576, sob risco do dominicano Frei Julião Romero, o mesmo que já traçara a igreja de S. Gonçalo de Amarante. No interior podem admirar-se vários altares de belíssima talha dourada, com destaque para o grandioso retábulo do braço norte do transepto, em "talha gorda", entalhado pelo mestre bracarense José Alvares de Araújo, a partir do desenho encomendado pela confraria do Rosário, em 1760, ao mestre André Soares e que recebeu do prestigiado especialista Robert Smith a classificação de "obra-prima do estilo rocaille de toda a Europa".



Igreja da Senhora da Agonia (Séc. XVIII)

O edifício actual da Igreja de Nª Srª d'Agonia data de meados do século XVIII e é o resultado da reconstrução de uma antiga capela terminal de uma via-sacra. Neste exemplar do barroco final, onde é possível detectar algumas influências do barroco luso-brasileiro, destacam-se os retábulos dos altares decorados em "talha gorda", com especial relevo para o cenotáfio da Paixão desenhado por André Soares. A torre, que data de 1868, foi construída deslocada do corpo do edifício, para não impedir as tradicionais voltas da romagem em torno da Igreja.



Capela das Almas (Séc. XIII/XVIII)

Foi a primeira Matriz de Viana, até à construção da actual Sé Catedral dentro do perímetro muralhado em meados do século XV. Conhecida tradicionalmente por Matriz Velha, passou a chamar-se Capela das Almas pelo facto de o seu adro ter sido local de enterramento desde o tempo de D. Afonso III até finais do século XIX. Da estrutura primitiva do século XIII, reedificada e acrescentada em 1719, por acção do cónego Domingos de Campos Soares, restam um arco-sólio na parede sul do templo e a cruz de cabeceira, sendo no restante um edifício típico dos pequenos templos do barroco setecentista.



Igreja da Caridade / Convento de Sant'Ana (séc. XVI/XX)

Igreja do antigo Convento de Santa Ana, de freiras beneditinas, mandado edificar pela nobreza local com o apoio da Câmara, para albergar as filhas dos nobres vianenses que eventualmente não casassem. O convento primitivo, de raiz gótica, foi obra de Pero Galego, morador em Caminha, onde nos alvores do século XVI dirigiu a segunda fase das obras na igreja Matriz. Depois de algumas obras de ampliação realizadas no início do século XVIII, foi entre 1897 e 1905 que se executaram as principais obras de reformulação do edifício conventual, daí resultando um grandioso conjunto arquitectónico que preservou o frontispício da igreja setecentista em estilo "barroco joanino" e que reaproveitou na torre o magnífico coruchéu manuelino.



Edifício da Misericórdia e Igreja (Séc. XVI)

Tendo sido criada em 1520, a confraria da Misericórdia de Viana, desenvolveu-se de tal forma que, no início do segundo quartel do século XVI a mesa resolveu construir a chamada "Casa das Varandas". Este edifício, datado de 1589, é um exemplar único da arquitectura de inspiração renascença e maneirista, com influências italianas e flamengas. Em 1716 iniciaram-se as obras de remodelação da igreja, entregues ao engenheiro militar vianense Manuel Pinto de Vilalobos. Apresenta no seu interior uma grande riqueza decorativa, bem ao gosto da época, quer pela talha em estilo nacional da autoria de Ambrósio Coelho, quer pelos belos revestimentos em azulejo, pintados por Policarpo de Oliveira Bernardes, quer ainda pelos frescos do tecto da autoria de Manuel Gomes. É, sem dúvida, um dos melhores exemplares barrocos de todo o país.



Capela das Malheiras (Séc. XVIII)

A chamada Capela das Malheiras (por alusão à família proprietária - os Malheiro Reimão), é um dos mais belos exemplares da arquitectura rocócó Portuguesa, mandada edificar por D. António do Desterro (Malheiro), na altura Bispo do Rio de Janeiro. Para além da elegante fachada, para alguns autores obra de Nicolau Nasoni ou da sua escola, esta Capela apresenta um notável retábulo em talha policromada, segundo Robert Smith um dos melhores exemplares de talha minhota em estilo rocócó.



Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco (Séc. XVIII)

A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco está situada junto à Avenida 25 de Abril, em Viana do Castelo.
Começou a ser construída no ano de 1772, tendo sido concluída em 1777.
Igreja de arquitectura barroca, de planta longitudinal e nave única. No seu interior encontram-se retábulos neoclássicos na nave e o da capela-mor de estilo rococó com alguns elementos característicos já do período neoclássico.
Realce também para a imagem do Senhor dos Aflitos, que todos os anos se incorpora na procissão solene das Festas da Senhora da Agonia.



Capela da Casa da Carreira (Séc. XVIII)

Esta bela peça de arquitectura religiosa urbana está integrada na fachada norte do palacete dos Abreu Távoras, depois dos Condes da Carreira, é datada do 1º quarto do século XVIII, sendo contemporânea da grande remodelação efectuada no edifício sob a direcção do arquitecto Manuel Pinto Vila Lobos.
A sua frontaria exibe um conjunto arquitectónico modesto, revestido pela simplicidade dos seus labores, ainda que alguns planos denotem uma certa inspiração maneirista.
A encimar a porta sobressai o brasão familiar, esquartelado de Távora (mutilado) Castro, Pereira e Abreu. Esta composição heráldica deve-se ao casamento, em 1692, da herdeira D. Arcângela de Lima e Abreu com Luís Álvares de Távora. A pedra de armas apresenta ainda escudo francês, elmo com paquife e timbre.
O rico altar de talha de ouro burnido é de estilo nacional, barroco, mas já de transição para o período joanino, época de D. João V, O Magnânimo.
Ostenta a invocação de Nossa Senhora da Glória ou dos Anjos, cuja imagem pode ser observada na tribuna. Embora os dois querubins posteriormente acrescidos possam também induzir na intitulação de Nossa Senhora da Assunção. Entre as colunas, em ambos os lados, salienta-se um nicho sobre mísula, encimado por uma ornamentação de putti, menino nu, com motivos florais. As imagens, próprias do barroco joanino, representam S. João Evangelista, do lado do Evangelho, e S. Francisco de Assis, do lado da Epístola. (Texto de Maranhão Peixoto)

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