Avançar para o conteúdo principal

Relatório sobre o navio Atlântida


O relatório da inspecção encomendada pelo ministério da Defesa e das Finanças para averiguar o processo de construção do navio "Atlântida" e a sua rejeição pelo governo açoriano considera que há responsabilidades "partilhadas" pelas duas partes envolvidas no negócio. 
Segundo uma nota do ministério da Defesa, que refere partes do documento e que foi divulgada hoje, o relatório sugere que "havendo outros mecanismos para a resolução do problema, devem as partes socorrer-se deles, nomeadamente, através de um acordo extra-judicial, onde se poderia determinar o impacto da menor velocidade no preço total do navio”. 


A 9 de Abril, o Governo açoriano anunciou a rescisão do contrato de construção do navio Atlântida pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) e decidiu accionar todos os procedimentos legais para ser ressarcido de todos os prejuízos, tendo a Empordef, empresa que tutela os estaleiros, interposto uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Braga.


Na altura, o secretário açoriano da Economia, Vasco Cordeiro, indicou como motivosda rescisão o facto de o navio não atingir a velocidade inicialmente acordada e também o atraso na entrega do navio - 30 de Setembro de 2008 -, tendo dado orientações à Atlanticoline, empresa pública responsável pelo transporte marítimo nos Açores, para rescindir o contrato.


“As inúmeras vicissitudes que marcaram este processo contratual têm origem partilhada, em consequência das sucessivas alterações propostas pelas partes com influência na caracterização e no desempenho do navio", refere o documento.


A nota do ministério diz que "na sequência da inspecção extraordinária determinada por despacho conjunto do ministro de Estado e das Finanças e do ministro da Defesa Nacional, de 16 de Abril de 2009, tendo por objecto o procedimento pré-contratual e contratual relativo à construção pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo SA de dois navios para a Atlânticoline SA foi recebido no passado dia 11 de Agosto, no gabinete do ministro da Defesa o relatório desta inspecção extraordinária ordenada para o efeito".


"Assim, tendo em conta o interesse público em causa, e tratando-se de duas empresas públicas, a não verificação de um acordo trará, inevitavelmente implicações económicas e sociais para ambas as partes, de valores ainda não determinados, mas relevantes, pelo que, qualquer solução deverá ter em conta estes aspectos", conclui o relatório.


A nota do ministério acrescenta que "em linha com estas recomendações foi emitido um despacho conjunto do ministro de Estado e das Finanças e do ministro da Defesa que homologa o relatório e estabelece como orientação que qualquer eventual solução que envolva uma transacção extra-judicial tenha em conta as conclusões da presente Auditoria, não devendo da mencionada transacção resultar perdas adicionais para as entidades do Sector Empresarial do Estado envolvidas".

Jornal Público 2009.08.13

Mais visualizadas nos últimos 7 dias

Mercado dos Descobrimentos, o novo formato da Feira Medieval, vai realizar-se em junho

A cidade de Viana do Castelo vai recuar 500 anos de 15 a 18 de junho, até ao período dos descobrimentos portugueses, o novo formato da Feira Medieval para aproximar ainda mais a população e os visitantes da história de “Vianna da Foz do Lima”. O primeiro Mercado dos Descobrimentos a realizar-se em Viana do Castelo, pretende ser um espaço de animação e convívio, criado com o objetivo de dar a conhecer ao público residente e visitante, hábitos e costumes característicos da Época dos Descobrimentos. Deste modo, é intenção da VianaFestas recriar um ambiente que nos irá transportar para a Vianna da Foz do Lima, numa época em que o porto desta villa assumiu um papel importante com trocas comerciais, explorando assim a diversidade cultural e gastronómica. Num novo cenário, e continuando-se a fazer uma ligação com o centro histórico desta cidade, o Mercado dos Descobrimentos será realizado no Forte S. Tiago da Barra e na área envolvente. Pretende-se assim, com este evento atingir objetivos lúd

Romaria d’Agonia 2023, de 14 a 22 de agosto

A Romaria d’Agonia vai realizar-se em 2023, pela primeira vez, em nove dias de festa, de 14 a 22 de agosto, face à cada vez maior afluência, distribuindo os vários quadros já emblemáticos, e como forma de potenciar a atração turística de Viana do Castelo. “A festa já se tornou tão grande que justifica mais dias, para podermos dedicar mais atenção aos quadros principais e evitar dias de concentração de vários eventos e até de sobreposição. Espaçando esses quadros será possível dar-lhes mais visibilidade e ao mesmo tempo permitir a quem nos visita poder também usufruir de Viana do Castelo”, explica António Cruz, presidente da Comissão de Festas da Romaria da Senhora d’Agonia. O arranque da festa em 2023 será dado a 05 de agosto, sábado, pelas 16h00, com a abertura da XXI edição da Exposição/Feira de Artesanato da Romaria d’Agonia. O programa oficial de nove dias começa a 14 de agosto, segunda-feira, com a Praça da Música, na Praça da Liberdade, pelas 22h00. Nos dias 15 e 16 de agosto os

Trajes tradicionais do concelho de Viana

O Traje de Lavradeira, o Traje de Mordoma, o Traje de Noiva, o Traje de Meia Senhora, Traje de Dó, Traje de Domingar, Traje de Feirar, Traje de Trabalho… são principalmente usados nas diversas festas e romarias que se realizam ao longo do ano, por todo o concelho. É o momento escolhido para se trazer o passado ao presente, vestindo um destes trajes tradicionais.  É durante a realização da Romaria da Senhora d’Agonia que se concentra um maior número de trajes, nomeadamente no Desfile da Mordomia, Cortejo Etnográfico e na Festa do Traje, ocasião para se admirar a beleza e riqueza de todos os detalhes dos tradicionais e coloridos trajes das diferentes freguesias do concelho de Viana do Castelo.  Estes são alguns dos trajes que tive oportunidade de contemplar, durante o Cortejo Histórico-Etnográfico e Desfile de Mordomia das Festas de Viana do Castelo deste ano.

Os nomes e a história das ruas de Viana do Castelo

Prosseguindo com a descrição e origem de alguns nomes atribuídos a arruamentos da cidade de Viana do Castelo, desta vez vou proporcionar a oportunidade para você conhecer quem são as pessoas que dão o nome a duas ruas de Viana e que fizeram eles para merecem tal honra. RUA MANUEL ESPREGUEIRA Rua da zona histórica, desde a Praça da República até ao Largo de S. Domingos, já na freguesia de Monserrate. Esta antiga artéria chamava-se Rua de S. Sebastião, sendo mudada em 1922, para Rua Manuel Espregueira. QUEM FOI MANUEL ESPREGUEIRA? Engenheiro, bacharel em Matemática, militar e político Manuel Afonso Espregueira, nascido em Viana do Castelo em 1885 e falecido em Vila Franca, Viana do Castelo em 1917. Personalidade marcada por forte carácter  empreendedor foi devido a iniciativas suas, junto a entidades competentes, que Viana do Castelo viu serem concretizados diversos melhoramentos de grande importância para o progresso da cidade (Estrada para a estância de Santa Luzia, doc

ANTES e AGORA: tirar fotos do presente para comparar com o passado

Os anos passam, as paisagens e os lugares mudam, umas vezes para pior, outras para melhor. Par de imagens para comparar deste panorama de Viana do Castelo.