Um tempo cinzento, com chuva e frio, marcou esta terça-feira o início das filmagens, na Serra de Santa Luzia, em Viana do Castelo, da longa-metragem «O Cônsul de Bordéus», sobre o diplomata Aristides de Sousa Mendes, noticia a Lusa.
«É um tempo que até acaba por nos ser favorável, porque resulta numa luminosidade dramática, adequada ao dramatismo do filme», referiu à Lusa Francisco Manso, um dos realizadores.
«O Cônsul de Bordéus» é protagonizado por Vítor Norte, no papel de Aristides de Sousa Mendes, o diplomata português que, à revelia de Oliveira Salazar, atribuiu cerca de 30 mil vistos a refugiados perseguidos pelo regime nazi em 1940.
Neste primeiro dia de filmagens, foi gravada a cena em que o «cônsul» Vítor Norte comanda uma coluna de carros em que seguem os refugiados, numa tentativa de fuga desde França até Portugal.
«Como não foi possível passar fronteira de Irun [entre França e Espanha], uma vez que já lá tinha chegado a comunicação de que o cônsul tinha sido destituído e, como tal, os vistos que passara para os refugiados já não eram válidos, Aristides de Sousa Mendes teve de optar por outra fronteira, onde não havia telefones e onde, como tal, aquela comunicação ainda não tinha chegado», explicou Francisco Manso.
As filmagens vão decorrer em Viana do Castelo até 29 de Novembro, envolvendo, no total, mais de 1200 figurantes. A escolha daquela cidade ficou a dever-se ao facto de, actualmente, Viana do Castelo «estar muito parecida» com Bordéus de 1940.
Vítor Norte admitiu que «vestir a pele» de uma personagem real «é uma responsabilidade acrescida», mas garantiu que já fez o trabalho de casa, falando com alguns familiares de Aristides de Sousa Mendes, para se inteirar dos traços mais marcantes da sua personalidade.
O filme cruza a história real de Aristides de Sousa Mendes com a ficção de um refugiado, que no futuro se tornará um reputado maestro.
A produção de «O Cônsul de Bordéus» está orçada em três milhões de euros, e do elenco fazem parte ainda nomes como Carlos Paulo, no papel do rabino Chaim Kruger, que dirigia uma sinagoga em Bordéus, Leonor Seixas, São José Correia, Laura Roveral e Pedro Cunha.
O argumento é assinado pelo escritor António Torrado e por João Nunes e co-realizado por Francisco Manso e João Correa. A estreia acontecerá «seguramente» antes de Junho de 2010, a tempo de assinalar o 70º aniversário do histórico episódio.
Segundo José Mazeda, o filme entrará nos circuitos comerciais dos países de língua espanhola e francesa, admitindo-se ainda a hipótese de vir a ser feita uma versão em língua inglesa.
«É um tempo que até acaba por nos ser favorável, porque resulta numa luminosidade dramática, adequada ao dramatismo do filme», referiu à Lusa Francisco Manso, um dos realizadores.
«O Cônsul de Bordéus» é protagonizado por Vítor Norte, no papel de Aristides de Sousa Mendes, o diplomata português que, à revelia de Oliveira Salazar, atribuiu cerca de 30 mil vistos a refugiados perseguidos pelo regime nazi em 1940.
Neste primeiro dia de filmagens, foi gravada a cena em que o «cônsul» Vítor Norte comanda uma coluna de carros em que seguem os refugiados, numa tentativa de fuga desde França até Portugal.
«Como não foi possível passar fronteira de Irun [entre França e Espanha], uma vez que já lá tinha chegado a comunicação de que o cônsul tinha sido destituído e, como tal, os vistos que passara para os refugiados já não eram válidos, Aristides de Sousa Mendes teve de optar por outra fronteira, onde não havia telefones e onde, como tal, aquela comunicação ainda não tinha chegado», explicou Francisco Manso.
As filmagens vão decorrer em Viana do Castelo até 29 de Novembro, envolvendo, no total, mais de 1200 figurantes. A escolha daquela cidade ficou a dever-se ao facto de, actualmente, Viana do Castelo «estar muito parecida» com Bordéus de 1940.
Vítor Norte admitiu que «vestir a pele» de uma personagem real «é uma responsabilidade acrescida», mas garantiu que já fez o trabalho de casa, falando com alguns familiares de Aristides de Sousa Mendes, para se inteirar dos traços mais marcantes da sua personalidade.
O filme cruza a história real de Aristides de Sousa Mendes com a ficção de um refugiado, que no futuro se tornará um reputado maestro.
A produção de «O Cônsul de Bordéus» está orçada em três milhões de euros, e do elenco fazem parte ainda nomes como Carlos Paulo, no papel do rabino Chaim Kruger, que dirigia uma sinagoga em Bordéus, Leonor Seixas, São José Correia, Laura Roveral e Pedro Cunha.
O argumento é assinado pelo escritor António Torrado e por João Nunes e co-realizado por Francisco Manso e João Correa. A estreia acontecerá «seguramente» antes de Junho de 2010, a tempo de assinalar o 70º aniversário do histórico episódio.
Segundo José Mazeda, o filme entrará nos circuitos comerciais dos países de língua espanhola e francesa, admitindo-se ainda a hipótese de vir a ser feita uma versão em língua inglesa.
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Fonte: IOL Portugal Diário