Lembram-se daqueles homens, conhecidos por amoladores, que há uns anos atrás era vulgar vê-los a percorrer tudo o que era rua e estrada do nosso país, com as suas típicas bicicletas (onde sobressai a pedra de esmeril, que serve para amolar e que é movida através de um sistema ligado aos pedais) e ao som do típico realejo anunciar o arranjo de guarda-chuvas, panelas, pratos, facas, tesouras…? Pois com um desses amoladores, deparei-me ontem numa rua de Viana do Castelo e não resisti fotografá-lo, porque hoje são verdadeiras raridades e é uma profissão que tem os dias contados. Agora, as pessoas preferem ir à “loja dos Chineses” adquirir material novo e barato (a qualidade é que deixa muito a desejar) do que mandar arranjar o que está avariado.
O Traje de Lavradeira, o Traje de Mordoma, o Traje de Noiva, o Traje de Meia Senhora, Traje de Dó, Traje de Domingar, Traje de Feirar, Traje de Trabalho… são principalmente usados nas diversas festas e romarias que se realizam ao longo do ano, por todo o concelho. É o momento escolhido para se trazer o passado ao presente, vestindo um destes trajes tradicionais. É durante a realização da Romaria da Senhora d’Agonia que se concentra um maior número de trajes, nomeadamente no Desfile da Mordomia, Cortejo Etnográfico e na Festa do Traje, ocasião para se admirar a beleza e riqueza de todos os detalhes dos tradicionais e coloridos trajes das diferentes freguesias do concelho de Viana do Castelo. Estes são alguns dos trajes que tive oportunidade de contemplar, durante o Cortejo Histórico-Etnográfico e Desfile de Mordomia das Festas de Viana do Castelo deste ano.