A redução do número de trabalhadores é uma hipótese a discutir na assembleia geral de 29 deste mês.
O Governo vai dar uma última hipótese para garantir a viabilidade futura dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e apelou à compreensão dos trabalhadores para as medidas de reestruturação, a adoptar em breve. A redução da força laboral, actualmente de 800 trabalhadores, é uma das propostas em cima da mesa na Assembleia Geral marcada para o dia 29 de Abril.
A mensagem foi passada esta semana à Comissão de Trabalhadores dos ENVC pelo secretário de Estado da Defesa. No âmbito da reestruturação, o maior construtor naval português deverá ter um novo conselho de administração, composto por três membros executivos, um deles militar, e dois não executivos.
Apesar das garantias do Governo, os trabalhadores não escondem a "preocupação" com as mudanças em perspectiva e a situação financeira da empresa. Os Estaleiros de Viana fecharam as contas do ano passado com prejuízos de cerca de 22 milhões de euros, situação provocada sobretudo pela recusa, em Abril de 2009, do Governo dos Açores em aceitar o ferryboat Atlântida que encomendou à fábrica minhota, por não cumprir os requisitos que estavam contratados. A encomenda de um segundo navio, o Anticiclone, foi também cancelada.
"O caso Atlântida veio agravar muito as nossas contas. Há um navio construído, mas encostado na doca há um ano. É um activo que temos ali [negócio inicial de 50 milhões de euros com os Açores], mas que está parado, além dos encargos da construção e as indemnizações devidas aos Açores", referiu ao DN fonte da empresa pública.
"Se não fosse o negócio dos Açores, a empresa poderia ter registado resultados operacionais positivos, o que em ano de crise seria um factor determinante na nossa estratégia", considera a mesma fonte do maior estaleiro naval português.
Com este revés, o passivo total da empresa eleva-se agora a 60 milhões de euros, pelo menos. Há um ano, de acordo com dados revelados pela própria empresa, os ENVC tinham um passivo de 35 milhões de euros, mas, em contrapartida, a carteira de encomendas era muito elevada, incluindo contratos para a construção de navios e lanchas para a Marinha, que envolviam encomendas de 500 milhões de euros. Hoje, os Estaleiros de Viana estão a braços com uma preocupante falta de novas encomendas.
O Governo vai dar uma última hipótese para garantir a viabilidade futura dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e apelou à compreensão dos trabalhadores para as medidas de reestruturação, a adoptar em breve. A redução da força laboral, actualmente de 800 trabalhadores, é uma das propostas em cima da mesa na Assembleia Geral marcada para o dia 29 de Abril.
A mensagem foi passada esta semana à Comissão de Trabalhadores dos ENVC pelo secretário de Estado da Defesa. No âmbito da reestruturação, o maior construtor naval português deverá ter um novo conselho de administração, composto por três membros executivos, um deles militar, e dois não executivos.
Apesar das garantias do Governo, os trabalhadores não escondem a "preocupação" com as mudanças em perspectiva e a situação financeira da empresa. Os Estaleiros de Viana fecharam as contas do ano passado com prejuízos de cerca de 22 milhões de euros, situação provocada sobretudo pela recusa, em Abril de 2009, do Governo dos Açores em aceitar o ferryboat Atlântida que encomendou à fábrica minhota, por não cumprir os requisitos que estavam contratados. A encomenda de um segundo navio, o Anticiclone, foi também cancelada.
"O caso Atlântida veio agravar muito as nossas contas. Há um navio construído, mas encostado na doca há um ano. É um activo que temos ali [negócio inicial de 50 milhões de euros com os Açores], mas que está parado, além dos encargos da construção e as indemnizações devidas aos Açores", referiu ao DN fonte da empresa pública.
"Se não fosse o negócio dos Açores, a empresa poderia ter registado resultados operacionais positivos, o que em ano de crise seria um factor determinante na nossa estratégia", considera a mesma fonte do maior estaleiro naval português.
Com este revés, o passivo total da empresa eleva-se agora a 60 milhões de euros, pelo menos. Há um ano, de acordo com dados revelados pela própria empresa, os ENVC tinham um passivo de 35 milhões de euros, mas, em contrapartida, a carteira de encomendas era muito elevada, incluindo contratos para a construção de navios e lanchas para a Marinha, que envolviam encomendas de 500 milhões de euros. Hoje, os Estaleiros de Viana estão a braços com uma preocupante falta de novas encomendas.
Fonte: Diário de Notícias online de 2010-04-11