Numa produção da Academia de Música de Viana do Castelo - Conservatório Regional do Alto Minho e inserido no Projecto "Contos com música... Música com contos", o Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo vai ser palco no próximo dia 24 de Setembro, pelas 21H30, do concerto em Estreia Mundial de "A Serrana - fragmentos" de A. Keill - Arranjo de Vítor Faria (n.1978)
Surgida em 1899 “Serrana” de Alfredo Keil, foi a primeira ópera impressa em português: Nesta época, para além do recurso a grandes massas orquestrais e corais, os libretos tendem a situar a acção em meio rural e põem em cena um triângulo amoroso vivido por personagens do quotidiano condenadas pelos dramaturgos a um final trágico.
Procurámos neste projecto despir “Serrana” de tudo o que nos pareceu acessório, conservando apenas “fragmentos” marcantes do ponto de vista dramatúrgico e/ou musical. Do ponto de vista cénico, o principal desafio foi conciliar o registo trágico com um texto repleto de expressões datadas e… que nos fazem sorrir! Optou-se por uma leitura distanciada, baseada num dispositivo cénico minimalista e numa interpretação estilizada, visando contornar algum excesso de pathos característico do melodrama lírico mas que, à luz da sensibilidade actual, é recebido como anti-natura. Por outro lado, chamou-se ao palco um narrador com o objectivo de guiar o espectadores no que poderá ser definido como uma “visita de estudo”… trata-se de revisitar uma obra marcante do repertório operático português e, com a cumplicidade do Quarteto Vintage, fazer jorrar uma música empolgante ao serviço de uma história avassaladora.
Surgida em 1899 “Serrana” de Alfredo Keil, foi a primeira ópera impressa em português: Nesta época, para além do recurso a grandes massas orquestrais e corais, os libretos tendem a situar a acção em meio rural e põem em cena um triângulo amoroso vivido por personagens do quotidiano condenadas pelos dramaturgos a um final trágico.
Procurámos neste projecto despir “Serrana” de tudo o que nos pareceu acessório, conservando apenas “fragmentos” marcantes do ponto de vista dramatúrgico e/ou musical. Do ponto de vista cénico, o principal desafio foi conciliar o registo trágico com um texto repleto de expressões datadas e… que nos fazem sorrir! Optou-se por uma leitura distanciada, baseada num dispositivo cénico minimalista e numa interpretação estilizada, visando contornar algum excesso de pathos característico do melodrama lírico mas que, à luz da sensibilidade actual, é recebido como anti-natura. Por outro lado, chamou-se ao palco um narrador com o objectivo de guiar o espectadores no que poderá ser definido como uma “visita de estudo”… trata-se de revisitar uma obra marcante do repertório operático português e, com a cumplicidade do Quarteto Vintage, fazer jorrar uma música empolgante ao serviço de uma história avassaladora.