Uma comissão de pescadores reivindicou sexta-feira passada, em reunião com a administração do Porto de Viana do Castelo, «melhores condições de segurança» no futuro estacionamento da frota, após as obras no novo espaço.
«Tivemos a promessa da administração de rever os aspetos para os quais alertámos, nomeadamente o estacionamento da frota de barcos de grande dimensão», explicou Francisco Portela Rosa, da administração da VianaPesca, cooperativa de pescadores e armadores do norte.
Em causa estava uma alteração ao projeto inicial do novo porto de pesca de Viana apresentado aos pescadores, e que segundo estes implicava passar a lotação da doca principal de 13 para 21 barcos de grande dimensão, alterando a forma de os estacionar.
«O problema era a segurança dos barcos, a falta de espaço e as óbvias dificuldades de os manobrar. Mas tivemos a garantia de que a doca das marés [um dos espaços de atracagem] volta a receber apenas os 13 barcos previstos», acrescentou Portela Rosa, que se fez acompanhar de outros representantes de armadores e pescadores.
Os técnicos da Administração do Porto de Viana do Castelo (APVC) vão, disse ainda, «estudar as alterações necessárias», estando prevista para 01 de julho outra reunião, onde será conhecida a nova versão do projeto, prevendo a distribuição dos restantes barcos maiores por outros espaços daquela área.
Os pescadores chegaram a afirmar que se avançasse a proposta anterior, em que o estacionamento seria feito pela parte traseira, recusar-se-iam a atracar, porque teriam de «dormir nas embarcações» para evitar que estas embatessem umas nas outras.
«Foi-nos garantido que serão apenas 13 barcos a atracar naquele local, de lado e de braço dado [encostados], o que já vai de encontro ao que era necessário para garantir a segurança», explicou ainda Portela Rosa.
No final da reunião de hoje, que decorreu nas instalações da administração portuária e que reuniu ainda um representante da Capitania do porto de Viana, ninguém da APVC quis prestar declarações à imprensa.
A obra do novo porto de Pesca de Viana do Castelo tem um custo estimado de dois milhões de euros e vai permitir, explicou a APVC aquando do lançamento da empreitada, o ordenamento do estacionamento da frota de pesca em melhores condições de segurança e operacionalidade, libertando a antiga doca comercial para a construção da futura marina Atlântica.
Texto: Rádio Alto Minho (20.06.2011)