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Plano de Reestruturação dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo prevê saída de 380 funcionários, negociações amigáveis começam esta terça-feira

O Plano de Reestruturação dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, recentemente aprovado pelo principal accionista, o Estado, prevê a saída de 380 trabalhadores até ao final deste ano. Em conferência de imprensa, esta segunda-feira, a administração admitiu a saída de quase quatro centenas de trabalhadores. Até ao final de 2011, os ENVC ficam reduzidos a cerca de 340 funcionários.
Carlos Veiga Anjos, presidente do conselho de administração dos estaleiros vianenses recusa falar em despedimentos já que vão ser feitos todos os esforços para que as saídas dos trabalhadores sejam voluntárias. Francisco Gallardo, presidente executivo dos Estaleiros, diz que a construção naval tem ciclos e que, depois de um “boom de construção” entre 2005 e 2008, esta é uma área que está em “baixa” e que vive um período de “vacas magras”. A competição com os mercados orientais é difícil e que só estão previstas melhorias a partir de 2014. Por isso mesmo, o responsável admite a “diminuição de pessoal”. Jorge Pinho, administrador da área dos recursos humanos, diz que vão tentar “todas as medidas possíveis de saída voluntária”. O processo começa já esta terça-feira e a Comissão de Trabalhadores já foi informada. Jorge Pinho diz que vão tentar evitar o despedimento colectivo mas “no limite” admite essa possibilidade. Os Estaleiros Navais deviam produzir seis navios por ano mas, neste momento, produzem pouco mais de dois. José Luís Serra, administrador da área financeira, diz que a situação é “bastante difícil” e que 2010 encerrou com prejuízo de mais de 40 milhões de euros. Os capitais próprios negativos já ultrapassam os 70 milhões de euros. O responsável diz que esta foi uma solução “pensada, amadurecida e estruturada no sentido de salvar a empresa”.
Veiga Anjos diz que os ENVC vão entrar numa “fase profunda de modernização” que prevê alterações na estrutura da empresa para “responder às exigências”. O responsável diz que a aposta vai ser feita na modernização e que a construção de navios vai passar a ser orientada por um director de projecto. Este cargo vai ser criado para que se crie uma “cultura de responsabilidades” em que cada um é avaliado em função “daquilo que faz e não da sua antiguidade na empresa ou na função”. Veiga Anjos diz ainda que os Estaleiros vão estar “mais presentes no mercado” através da contratação de pessoas “bem posicionadas” no ramo da construção naval. Vai ser ainda criada uma área comercial de navios militares que vai ser liderada por um “oficial da Marinha de Guerra Portuguesa”. O Plano de Reestruturação foi aprovado pela Assembleia Geral de Accionistas com o apoio do Governo. O Estado vai injectar 13 milhões de euros na empresa para que esta possa reestruturar-se. Até ao final do ano, 380 trabalhadores abandonam os ENVC.

Texto: Rádio Geice (20.06.2011)

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