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Estaleiros de Viana do Castelo precisam de 57 milhões



Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) precisam, já no início deste ano, de 57 milhões de euros. O valor foi avançado ao Económico por Vicente Ferreira, presidente do conselho de administração da ‘holding' que agrega as empresas do Estado na área da Defesa. O gestor disse que a empresa necessita de um aumento de capital de, no mínimo, 37 milhões de euros e de uma injecção de tesouraria de mais 20 milhões de euros.
A actual administração, em funções desde Agosto, apresentou ao Governo "no início de Novembro" estudos para os ENVC que apontam para quatro soluções possíveis: a viabilização optimizada (dependente de uma carteira de encomendas e de viabilização financeira), uma viabilização mediana, a manutenção da situação actual, "que é inviável" e a "hipótese de encerramento da empresa se não se conseguir uma carteira de clientes ou interessados" na compra de uma participação.
Em cima da mesa está a possibilidade de viabilização da empresa com a entrada de um parceiro. "Estivemos em conversações com oito grupos económicos na área da construção naval e da indústria metalomecânica", sendo que actualmente existem duas propostas em cima da mesa, disse, confirmando o que o Diário Económico noticiou na edição de hoje.
"A entrada no capital pode ser feita no modelo da OGMA, com a venda de uma participação maioritária e o Estado ficar com uma parte do capital com direito de voto em questões de interesse nacional", fez saber Vicente Ferreira.
"O Governo já conhece as propostas mas é preciso que sejam consideradas atractivas e que seja aprovado em conselho de ministros o processo de reprivatização", lembra, referindo que é fundamental que isso aconteça o mais rapidamente possível. "Estamos no momento de decisão", frisou, deixando a ideia de que, se tal não acontecer, os ENVC podem fechar.
Passivo atinge os 263 milhões de euros no final deste ano.
Os ENVC fecharam 2010 com prejuízos de 41 milhões de euros e encomendas no valor de apenas 20 milhões de euros, cerca de metade do valor registado em 2010. Para 2011, a previsão é de que as perdas atinjam os e os capitais próprios negativos os 96 milhões de euros. Os encargos fixos mensais de funcionamento atingem os 2,5 milhões de euros.
O passivo da empresa deverá atingir os 263 milhões de euros no final deste ano. Em 2010, este valor foi de 240 milhões de euros. O endividamento bancário, por seu turno, atingiu os 160 milhões de euros, com o serviço de dívida estimado em oito milhões de euros em 2011.
O défice do fundo de pensões atinge os 10 milhões de euros, com custos de gestão acima dos 500 mil euros, acrescentou o presidente do conselho de administração da empresa.
Vicente Ferreira lembrou ainda a questão do ferry Atlântida, que foi recusado pelo armador e que, devido às características específicas para os Açores, não foi possível concretizar a venda a outros potenciais interessados. Os ENVC tiveram de entregar os pagamentos já feitos ao armador, tendo sido necessário um financiamento junto da Caixa Geral de Depósitos no valor de 37 milhões de euros. Os custos de construção do navio atingiram os 57 milhões de euros, sendo que o preço de venda definido com o armador era de 44 milhões de euros.

Texto: Jornal Económico (28.12.2011)

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