A Câmara de Viana do Castelo vai lançar a concurso público, por mais de onze milhões de euros, a obra de substituição da Escola Frei Bartolomeu dos Mártires, que a própria autarquia admite ter "péssimas condições".
A proposta da maioria socialista que lidera a Câmara, à qual a Lusa teve hoje acesso, prevê um prazo para a construção da "nova" EB1,2,3 Frei Bartolomeu dos Mártires de 18 meses.
O lançamento do concurso público internacional para esta obra, com um preço base de 11,7 milhões de euros, será discutido e votado em reunião do executivo municipal, esta quinta-feira.
A autarquia, liderada desde 2009 pelo socialista José Maria Costa, tinha já definido, anteriormente, que a substituição daquela escola era "uma das grandes prioridades", por funcionar em "péssimas condições".
Esta chegou a integrar a lista oficial do Ministério da Educação e Ciência (MEC) das escolas com cobertura de fibrocimento (com amianto), material perigoso que ainda não foi removido pela perspetiva de realização de obras.
Precisamente na mesma reunião do executivo municipal - que decorrerá à porta fechada, a partir das 18:00 - será discutido um voto de protesto apresentado pela oposição (CDU) face ao "atraso" nestas obras e, nomeadamente, na remoção desta cobertura.
A construção da nova escola, processo a conduzir pela autarquia e pelo MEC, deverá ser comparticipada por fundos comunitários e permitirá ainda a fusão de três níveis de ensino no mesmo espaço, no centro da cidade de Viana do Castelo.
A atual escola Frei Bartolomeu dos Mártires data de 1980 e, segundo fonte do estabelecimento de ensino, "sofre atualmente de um problema de sobrelotação", distribuindo-se por cinco pavilhões que, "pese embora o cuidado posto na sua manutenção e conservação, evidenciam o natural desgaste decorrente da sua utilização".
Além da beneficiação da atual escola, ao futuro espaço será acrescentada a valência de primeiro ciclo, com a prevista desativação da Escola do Carmo, também no centro da cidade.
Passará a receber, de acordo com a estimativa de 2011, cerca de 800 alunos em 38 turmas.
"A vantagem é que os alunos da antiga escola primária poderão também utilizar a cantina, o pavilhão desportivo e algumas áreas mais tecnológicas através desta partilha de espaços", disse, em novembro de 2011, o autarca José Maria Costa.
Fonte: Agência Lusa (19.02.2014)