A Basílica de Santa Luzia, situada no alto do monte com o mesmo nome, é o monumento mais conhecido e visitado da cidade de Viana do Castelo. Para lá chegar tem três opções: a estrada, o funicular ou o escadório. Quem optar pelo funicular, fará um percurso de 650 metros, vencendo um desnível de 160 metros, numa viagem com duração de aproximadamente 7 minutos. Quem se sentir atraído a ir a pé pelo escadório, terá que subir 659 degraus. Subir esta escadaria não é assim tão difícil, basta ir com calma, parando quando o cansaço aparecer. Veja algumas fotografias do escadório de Santa Luzia.
Os cinco fatos de lavradeira apresentados tem elementos que só os entendidos se dão conta de alguns pormenores.
ResponderEliminarApesar de todos serem fatos de lavradeira usados em momentos especiais , na aldeia são denominados de fatos de festa e não de fato à Vianeza como para aí se diz.
Em regra os lenços são peças importantes na fato a usar, a antiguidade, a cor, e o padrão. Foram uma moda usada em Portugal nos fins do Século XVIII e princípios do Século XX.
Foram importados dos Países de leste e mais tarde fabricados em Portugal.
O primeiro figurino a contar do lado esquerdo para a direita , apresenta um lenço de Lã importado Ucraniano na cabeça e outro às costas . Os outros restantes são criações nacionais em lã antigas pois os atuais que se fazem não passam de cópias em tecido acrílíco com franjas mecánicas.
Rara era a moçoila do campo que não o tinha.
Antigamente apresentar uma peça destas às costas em forma de Xaile era uma vaidade pessoal.
Regularmente era nas festas da terra que demonstravam a beleza dos mesmos.No entanto havia regras defenidas .
Havia os lenços usados pelas viuvas, os lenços de festa,do casamento os lenços do fato diário , os lenços que usavam no campo para proteção do sol e do vento.... Os padrões eram bem definidos.
Nas zonas ribeirinhas junto ao mar , usavam padrões definidos. A contar do lado esquerdo para a direita o quarto figurante apresenta um lenço que não se enquadra com a vestimenta apresentada. Naturalmente é diferente mas não é um lenço de lavradeira, nem usado pelas mesmas conforme se costuma ver nas paradas regionais e nas aldeias pelas lavradeiras.
Não se pode estar a tolerar alterações .
Quando toleram estas situações nas paradas , aparece sempre um " Mestre Expert" a explicar a matéria em livro.
Algum tempo depois passam a estar na moda , fazendo crer que era usual o uso e costume dessa época.
Fazem regra e começam a adulterar todos os costumes da região .
O lenço apresentado é um lenço de Varina usado pelas mulheres que residem nas zonas ribeirinhas.
Numa publicação recente em Outubro , um jornal de V. Castelo . apresenta um artigo com o titulo " Antiga Casa Rodrigo Abreu "
ResponderEliminaro texto.....a dado momento diz que a Geminiana Branco foi casada com Rodrigo Abreu , trabalhava em artesanato regional, e só ela podia mandar para o estrangeiro porque tinha tudo registado , com certificado da altura e muito pessoal a trabalhar com ela.
Hora na verdade não foi bem assim !
A Senhora Geminiana Branco como outros tantos foi um dos impulsionadores dos regionais. No seu tempo havia já quem se dedicasse a esta atividade:-
Margarida Branco Cerqueira com loja na Rua Candido dos Reis em Viana do Castelo, no ano de 1924. Foram-lhe atribuídos diversos prémios: um em 1924, e uma medalha de ouro em 1929.
Em Barcelona adquiriu medalha de prata em 1929 , em Sevilha medalha de ouro , no Rio de Janeiro 1930 diploma de honra.
Outro estabelecimento que merece ser relembrado :-
Joaquim Lourenço dos Santos com loja , na Av. do Jardim 39 em Viana . Realizou exposições no estrangeiro ,adquiriu prémios e louvores.
Domingos Barbosa de Cardielos
( Violas) Abel B. Lopes e muitos outros que poderia mencionar aqui.
Gemiana nunca trabalhou em artesanato , tinha sim algumas mulheres do campo que faziam trabalhos encomendados por si.
É completamente falso que só a Senhora poderia vender para o estrangeiro .
Nunca teve os artigos registados conforme se diz , mas sim uma etiqueta com uma simbolo de dois corações e uma chave.
Tenho uma dessas etiquetas e apenas apresenta estes dados .O certificado nunca existiu , o resto é tudo propaganda ...inventada.
Diz-se que tinha muito pessoal a trabalhar , não me parecesse que seja assim a propaganda em revistas , jornais , é muito diminuta.
Criou-se um " tabu " inventaram-se historias , quando à muitas pessoas que incrementaram e desenvolveram o bordado de Viana.
As unicas pessoas que podiam exportar Bordados Regionais de Viana estavam inscritas como Membros da Camara de Comercio Portuguesa nas Rua Portas de Santo Antão em Lisboa .
Nunca me constou da existencia do nome de Geminiana Branco .
Os historiadores da terra fizeram-lhe publicidade exagerada, esqueceram-se que tinha uma irmã que se dedicou a esta atividade de alma e coração. A história dos bordados na sua raiz está incompleta , muita coisa foi omitida .
Por vezes o que se diz por aí, não é de todo verdade !
Fez-se noticia que a orla maritima Areosa, Carreço, Afife foram zonas onde se destacaram os bordados regionais .
Levaram 100 anos a descobrir ,o que nunca vi referencia em livros , noticias , jornais.
A propaganda feita é aquela que nos queremos que seja , o resto é tudo conversa.
Casas comerciais que contribuíram para o desenvolvimento e o incremento dos bordados de Viana;
ResponderEliminarEm 1898 Manuel Antonio de Brito.
Em 1898 José António de Araujo Junior.
Em 1910 Grandes Armazens do Minho de J.Rodrigues Pinheiro.
Em 1933 Margarida Branco Cerqueira EM 1939 Viuva de Joaquim Lourenço dos Santos.
Em 1939 Maria Julia Sousa Figueiredo & Irmãs.
Em 1939 Cerqueira & Junior& Ca Lda.
Em 1951 Avelino Rodrigues Teixeira.
Em 1951 José da Silva Esteves.
Em 1951 Josine Geraldes .
Em 1951 Domingos Barbosa & C, Lda.
Em 1955 Abel B. Lopes.
Em 1955 Ana Fernandes de Araujo.
Em 1955 Antonio J.de Sousa Matos.
Em 1961 Antonio Pacheco.
Em 1961 Alexandre Araujo Barbosa.
Em 1961 Ana Miranda da Rocha.
Em 1961 Silvério Araujo Barbosa.
Em 1961 Cabanelas e Hélio.
Em 1961 António Pacheco & Filhos.
Em 1961 Artur Fontinha.
Em 1961 Agostinho José Freitas Correia.
Em 1964 Carlos Pacheco.
Em 1974 Rosa Alves Mendes Pinto.
Em 1974 Manuel Gonçalves Cerqueira.
Em 1975 Manuel Pacheco ,Lda.
Em 1975 Maria Teresa Correia Galeão.
Em 1975 J.M Cachinas.
Esta lista abrange o ano de 1898 até ao ano de 1975.
Nunca se falou mas é um facto.
ResponderEliminarHouve empresários ou artesãs ligadas aos bordados de Viana , mas que residiam fora do distrito.
Modernamente dão-lhe o nome de " artesãos " mas na prática a ocupação é a mesma.
Foram eles:
Helena Dantas do Prado ( Braga).
Maria Cachetas do Prado ( Braga).
Maria Alves do Prado ( Braga).
Henrique Teixeira do Porto.
Epifánio Teixeira do Porto.
Estes empresários dedicavam-se ao comercio e venda dos bordados de Viana.
Não esquecendo a sua ligação a Viana , devem ser lembrados porque também foram impulsionadores e desenvolveram esta atividade.
Curioso , tem escrito muita matéria sobre os bordados de Viana do Castelo , mas nunca tinha ouvido falar sobre estes assuntos.
ResponderEliminarÉ sempre bom aprender e saber.
Avelino Rodrigues Teixeira que em 1951 contribuiu para incrementar e desenvolver os bordados de Viana com a sua casa comercial residiu e terá desenvolvido também a sua actividade em algum momento na Rua de Viana nº 92. Ainda lá esta na porta a placa com o nome da mulher e da filha.
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