A zona da Ribeira de Viana do Castelo vai ser alvo de uma intervenção de rua, inserida no projecto «Celebração da Cultura Costeira».
"PARA A SENHORA PASSAR é uma expressão que ouvimos na boca de muitos dos moradores quando explicam porque razão se empenham na dura e criativa tarefa de decorar as ruas do bairro da Ribeira, onde passa a procissão da sua padroeira, a Nossa Senhora d’ Agonia. Por isso a escolhemos para designar a extensão experimental do CCC e a que se associou a Câmara Municipal de Viana do Castelo, para esta iniciativa, no bairro de Monserrate.
Neste caso, a intervenção de rua (que ficará disponível até Outubro de modo a que possa ser estudada/trabalhada, também, por professores e alunos) é fruto de uma acção de muito curta duração, alicerçada em entrevistas semi-abertas a alguns dos responsáveis actuais das ruas por onde passa a Procissão ao Mar (organizada, desde 1968, de forma autónoma da procissão Solene da Senhora da Agonia, padroeira dos pescadores) e a outras pessoas da comunidade ligadas à vida do mar. Este material foi complementado por registos visuais, notas de moradores e outras fontes documentais, nomeadamente o arquivo da Junta de Freguesia, números antigos de jornais locais e um conjunto de fotografias históricas de Manuel Fontes - que nos foi dado a conhecer, em primeira mão, por Gualberto Boa-Morte, que é autor de muitas das fotos cedidas pelos moradores. As imagens de Rui Carvalho, chamando a atenção para detalhes e pormenores ou proporcionando perspectivas distintas do bairro em festa, são complemento indispensável.
O fio condutor da intervenção de rua leva-nos do cais (antiga lota) e campo do castelo até à Igreja de S. Domingos, integra um audiovisual no interior de um armazém que espera novo uso e prolonga-se pelas cinco ruas que formam o itinerário terrestre da Procissão ao Mar. Esta é uma primeira iniciativa de um processo, cujo núcleo passa por uma equipa interdepartamental da CMVC e integra elementos da comunidade piscatória ou a ela ligada por laços de sangue.
O projecto visa reforçar localmente práticas de reflexão em torno da herança cultural das pessoas e comunidades que vivem à borda de água, envolvendo-as num processo de tomada de consciência da cultura que criaram e da importância da sua salvaguarda e transmissão, homenageando, ao mesmo tempo, os que se empenham nessas tarefas. O material recolhido será posteriormente tratado e integrará a base de dados, ficando disponível para uso público.
Cada rua tem um método e um temperamento, experiências acumuladas que ficam gravadas na retina e nos gestos, mas também acidentes, mudanças e transformações. Cada rua vive o ano entre procissões a seu modo… uns sempre com os tapetes em mente, outros deixando que a ideia já semeada possa germinar sem controlo. É deste processo que fala esta intervenção de rua que se faz em simultâneo com a recolha de material para novo modo de olhar a procissão ao mar. Obrigado a todos os que colaboraram nestes trabalhos."
"PARA A SENHORA PASSAR é uma expressão que ouvimos na boca de muitos dos moradores quando explicam porque razão se empenham na dura e criativa tarefa de decorar as ruas do bairro da Ribeira, onde passa a procissão da sua padroeira, a Nossa Senhora d’ Agonia. Por isso a escolhemos para designar a extensão experimental do CCC e a que se associou a Câmara Municipal de Viana do Castelo, para esta iniciativa, no bairro de Monserrate.
Neste caso, a intervenção de rua (que ficará disponível até Outubro de modo a que possa ser estudada/trabalhada, também, por professores e alunos) é fruto de uma acção de muito curta duração, alicerçada em entrevistas semi-abertas a alguns dos responsáveis actuais das ruas por onde passa a Procissão ao Mar (organizada, desde 1968, de forma autónoma da procissão Solene da Senhora da Agonia, padroeira dos pescadores) e a outras pessoas da comunidade ligadas à vida do mar. Este material foi complementado por registos visuais, notas de moradores e outras fontes documentais, nomeadamente o arquivo da Junta de Freguesia, números antigos de jornais locais e um conjunto de fotografias históricas de Manuel Fontes - que nos foi dado a conhecer, em primeira mão, por Gualberto Boa-Morte, que é autor de muitas das fotos cedidas pelos moradores. As imagens de Rui Carvalho, chamando a atenção para detalhes e pormenores ou proporcionando perspectivas distintas do bairro em festa, são complemento indispensável.
O fio condutor da intervenção de rua leva-nos do cais (antiga lota) e campo do castelo até à Igreja de S. Domingos, integra um audiovisual no interior de um armazém que espera novo uso e prolonga-se pelas cinco ruas que formam o itinerário terrestre da Procissão ao Mar. Esta é uma primeira iniciativa de um processo, cujo núcleo passa por uma equipa interdepartamental da CMVC e integra elementos da comunidade piscatória ou a ela ligada por laços de sangue.
O projecto visa reforçar localmente práticas de reflexão em torno da herança cultural das pessoas e comunidades que vivem à borda de água, envolvendo-as num processo de tomada de consciência da cultura que criaram e da importância da sua salvaguarda e transmissão, homenageando, ao mesmo tempo, os que se empenham nessas tarefas. O material recolhido será posteriormente tratado e integrará a base de dados, ficando disponível para uso público.
Cada rua tem um método e um temperamento, experiências acumuladas que ficam gravadas na retina e nos gestos, mas também acidentes, mudanças e transformações. Cada rua vive o ano entre procissões a seu modo… uns sempre com os tapetes em mente, outros deixando que a ideia já semeada possa germinar sem controlo. É deste processo que fala esta intervenção de rua que se faz em simultâneo com a recolha de material para novo modo de olhar a procissão ao mar. Obrigado a todos os que colaboraram nestes trabalhos."
Inserida nesta intervenção, vai ser inaugurada a exposição "PARA A SENHORA PASSAR" no antigo armazém do Forpescas, no Cais da Ribeira, pelas 18H00, do dia 19 de Agosto de 2010.
Paralelamente, foram espalhados por várias ruas da Ribeira de Viana, diversos painéis repletos de fotografias e relatos recolhidos por entre os moradores.
Paralelamente, foram espalhados por várias ruas da Ribeira de Viana, diversos painéis repletos de fotografias e relatos recolhidos por entre os moradores.