Para além de melhorar as condições para a prática desportiva, o Centro de Mar irá permitir a organização de provas náuticas de âmbito nacional e internacional, “geradoras de actividade económica ligada ao mar”.
O projecto do Centro de Mar de Viana do Castelo, integrado no Programa Operacional dos Factores de Competitividade, deverá representar um investimento próximo dos 20 milhões de euros, subsidiado por fundos comunitários.
No final do próximo ano deverão estar concluídos os primeiros três centros desportivos náuticos, orçados em 5,1 milhões de euros.
Esta plataforma, vocacionada para a promoção do turismo e da economia do mar, através da náutica de recreio incluíra ainda a criação do “edifício farol”, que ficará instalado a bordo do navio – hospital Gil Eannes.
A embarcação, transformada há 13 anos em museu, vai ser alvo de obras de requalificação, orçadas em cerca de 750 mil euros e passará a ocupar outro local. A mudança irá ocorrer no próximo ano.
Da doca comercial da cidade, onde está atracado actualmente, o navio irá ficar situado umas dezenas de metros “para poente” e com o embarque a ser feito directamente a partir da marginal, a norte da localização actual.
“O Centro de Mar será um dos primeiros, a nível internacional, que terá a sua Porta de Entrada instalada num navio. Será acedido de forma electrónica, e os que vierem, por mar ou terra, também o podem visitar, organizando directamente a sua estadia em Viana do Castelo”, sublinhou José Maria Costa.
O conceito do Centro de Mar, que nasceu no seio da extinta Valimar, associação de municípios do Vale do Lima e transitou para a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, foi desenhado pela Saer - Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco. Prevê ainda a construção da marina atlântica de Viana.
O concurso público, que terminou em Julho passado recebeu duas propostas ainda a ser analisadas pela Administração do Porto de Viana do Castelo (APVC).
Está ainda prevista a construção ou requalificação de marinas nos concelhos de Caminha e Esposende.
Para o presidente da Câmara de Viana trata-se do “projecto mais complexo” até hoje realizado pelo município, quer do ponto de vista do “esforço financeiro, quer da exigência de organização”.
Fonte: Jornal Público (29.08.2011)