Em Viana do Castelo existiram em tempos os chamados “Banhos Quentes”, instalações que se situavam junto à antiga Praia Norte. O início da atividade ocorreu entre os anos de 1875 e 1880.
O último edifício onde funcionaram estes balneários de água quente encerrou a atividade no ano de 1974.
Devido à concentração de iodo nas águas da Praia Norte, estas instalações apelidadas de “Banhos Quentes” (em que a água do mar depois de aquecida, por vezes juntamente com algas, era aproveitada para banhos, como forma de terapia para certas maleitas, nomeadamente reumatismo), eram muito procuradas, a conselho médico, por pessoas da região do Alto Minho e da vizinha Galiza. Muitas delas chegavam a dormir no chão, em casas de pescadores, principalmente naquelas junto ao Campo da Agonia.
Esta velha tradição dos “Banhos Quentes” da Praia Norte é agora contada através de uma pintura mural na Rua Major Xavier da Costa, em Viana do Castelo. Esta pintura está inserida no projeto Histórias Viandantes, que vai contar através da ilustração 8 histórias em 8 ruas da cidade.
O projeto Histórias Viandantes dos irmãos vianenses Rui Coelho e Luísa Coelho, é um dos vencedores do Prémio Jovens com Talento de 2020, promovido pela Câmara Municipal de Viana do Castelo. Entre várias coisas, pretende contar histórias em quelhas, vielas, becos e ruas apertadas, sobre quem faz delas o que são: os moradores.